Estilos de Aprendizagem em Plataformas Digitais

Fonte: http://ludnitivo.com/2013/03/18/estilos-de-aprendizagem/

Os estilos de aprendizagem no espaço virtual propiciam novas formas de aprender, tendo em conta as competências e as habilidades pessoais de cada indivíduo. Vivemos numa sociedade multicultural onde  o  uso das tecnologias está presente em todas as áreas, permitindo assim novas formas de construção do conhecimento.
O estilo de aprendizagem é a forma natural como o indivíduo apreende a informação que recebe. No espaço virtual, os estilos de aprendizagem contribuem para a construção do processo de ensino e aprendizagem, tendo em conta a flexibilidade e diferenças individuais, que permitem uma estruturação das particularidades das tecnologias. Os estilos de aprendizagem abordados por Alonso, Honey e Gallego (2002) "são rasgos cognitivos, afetivos e fisiológicos que" (Monteiro et al, 2012, p.80) atuam como indicadores representativos de como os alunos interpretam, interagem e respondem aos ambientes de aprendizagem onde estão inseridos. Perante esta perspetiva, estes autores defendem quatro estilos de aprendizagem:  
  • ativo (valoriza as novas experiências e novos desafios); 
  • reflexivo (pondera as várias perspetivas até chegar a uma conclusão); 
  • teórico (estilo predominante nos indivíduos. Valoriza a racionalidade e a objetividade);
  • pragmático (coloca as ideias em prática). 
No contexto educativo, os estilos de aprendizagem combinados com o uso das tecnologias (interfaces, ferramentas, recursos e aplicativos de multimédia) potencializam as preferências e individualidades de cada indivíduo. A aprendizagem no espaço virtual é fruto do conceito e das particularidades (tempo, espaço, linguagem, interação, facilidade de acesso) do mundo virtual. Podemos traçar um perfil do utilizador do mundo virtual como alguém que: gosta de agir rápido; planeia as ações; apresenta um objetivo definido quando entra neste espaço; aproveita as oportunidades; gosta de pesquisar; organiza a informação pretendida em pastas; é curioso e bastante produtivo.
O objetivo central das plataformas digitais é "facilitar as atividades didáticas pedagógicas no processo de ensino e aprendizagem" (Monteiro et al, 2012, p.91). A apresentação das plataformas obedece à seguinte estrutura: conteúdos, atividades, recursos, chat, fórum, e-mail e avaliação. O cenário educativo vivido nas plataformas digitais permite ao estudante uma interação direta com o docente, com os colegas e com os conteúdos. A interação com os conteúdos propicia uma aprendizagem diferenciada, ou seja, possibilita que a aprendizagem seja experienciada com outros elementos. As ferramentas tecnológicas assumem uma importância vital no trabalho educativo. O modelo de aprendizagem neste tipo de  ambientes, as plataformas digitais, são tendencialmente construtivistas, uma vez que se centram no trabalho colaborativo e nos interesses do estudante.
Sendo aluna da Universidade Aberta, sou uma estudante online e toda esta leitura é-me familiar. Seguindo as instruções de leitura, fiz o teste recomendado na página 80 (www.estilosdeaprendizaje.es) e como resultado obtive pontuação alta no estilo de aprendizagem teórico. De fato, a leitura depois do teste revelou-se mais interessante. Neste cenário educativo, fazendo uso das tecnologias, permitem-se novas formas de construção que contribuem para o desenvolvimento integral do indivíduo, uma vez que o foco principal do ensino on-line é o estudante e as suas necessidades. 

Bibliografia:
Monteiro, A., Moreira, J.A., Almeida, A.C., (2012). Educação Online: pedagogia e aprendizagem em plataformas digitais. Defacto: Santo Tirso - Portugal. Capítulo V (Barros, D.M.V.). (pp.79-96)

A Promessa de Desenvolvimento


A sociedade atual, designada como Sociedade de Informação e do Conhecimento, vive a um ritmo alucinante. Como consequência disso, o indivíduo encontra-se em constante mutação. A globalização é fruto da evolução do Homem, mediada pelas novas tecnologias, proporcionando novas interações entre vários domínios culturais. A comunicação pelas redes globais não conhece limites de distância, o que vai desencadear o desenvolvimento de novas versões de Internet.

Novas Internets
A necessidade de desenvolver novas ferramentas e novas formas de utilização das mesmas resulta das fragilidades da Internet atual. Perante estas fragilidades, nomeadamente sentidas nas comunidades de aprendizagem online, é necessário desenvolver uma nova Internet. Esta nova Internet terá de ser ainda mais rápida e mais segura.
As duas iniciativas que estão a ser desenvolvidas podem ser incorporadas no ensino aberto e à distância, contendo características muito particulares, como o contínuo crescimento da presente Internet World-wide, assim como a pesquisa baseada na cooperação coletiva e colaborativa.
A Internet é um instrumento poderoso, que mudou as nossas vidas. A sociedade em rede permitiu uma transformação na sociabilidade entre os indivíduos, ou seja, com a gradual subtituição da interação pessoal, a comunicação mediada pelo computador passou a desempenhar um papel mais central. Alguns estudos revelam que os cibernautas são pessoas mais sociáveis, socialmente são mais ativas, apresentando um leque de amigos variado. As pessoas conseguiram integrar as novas tecnologias, adaptando-as ao seu estilo de vida. A mudança que se verificou em termos de sociabilidade não teve origem na Internet nem nas novas tecnologias, mas sim na necessidade que o indivíduo tem de estar em permanente contato com o Mundo. Podemos dizer que a sociedade do conhecimento é uma sociedade de indivíduos em rede. Basicamente toda a comuncação na sociedade em rede é feita por e para indivíduos.

Acesso à Internet baseada na realidade do mundo em desenvolvimento
Nos países em desenvolvimento as infra-estruturas existentes não dão garantias de serem viáveis, isto é, "as tecnologias devem reconhecer simultaneamente aspectos socioeconómicos e tecnológicos." (Fahy, 2008, p.18). Como forma de ultrapassar estas barreiras, as nações emergentes procuram implementar tecnologias ainda mais avançadas.
Referenciando outras tecnologias, podemos falar sobre o telemóvel. A aquisição de telemóveis aumentou avassaladoramente, revelando serem mais úteis que os computadores. Acredita-se que o telemóvel pode contribuir para o desenvolvimento social nos paises do terceiro mundo, podendo mesmo melhorar o produto interno bruto e reduzir a pobreza.

Software Social
Vários autores definem o software social  como o software que suporta a interação em grupo.
Boyd (citado por Fahy, 2008, p.19) vai mais longe na sua definição, apresentando "três tipos de suporte de interação fornecido pelo software social:
. suporte para interação convencional entre indivíduos ou grupos;
. suporte para feedback social;
. suporte para redes sociais.
Segundo alguns autores, o software social altera comportamentos na sociedade, dando uma maior importância à interação interpessoal em grupos vocacionados para o processo de ensino e aprendizagem. Qualquer ambiente que estimule a colaboração, formação e apoio de grupos pode ser considerado de software social.
Apesar de popular, o software tem um lado mais crítico, ou seja, é visto como uma perda de tempo, onde a realidade não está presente assim como as consequências da mesma.

Open Source
O software Open-Source surgiu para dar resposta ao poder dos grandes fabricantes de software, nomeadamente à Microsoft.  Este software está aberto a modificações e é gratuito, promovendo assim a "experimentação e a concorrência, características que consideram não existir nas organizações e nos pacotes de software das grandes empresas." (Fahy, 2008, pp.21-22).
Sendo o Open-Source um software credível com profissionais experientes na área das tecnologias da informação consegue atingir um alto nível de qualidade e consistência.
Os recursos do Open-Source são vastos e contam com o apoio de várias empresas, embora as opiniões acerca deste projeto se dividam.
A utilização deste software incentiva a partilha, a colaboração e a participação sem qualquer benefício financeiro.



Bibliografia:
Fahy, P. (2008). As Características dos Meios de Aprendizagem Interativa Online. Athabasca University. Tradução de: Maria Francisco, Paulo Sopa, Catarina Oliveira, Liliana Vidal, Maria Clara Pereira.
Retirado em Abril 16, 2013, de 

Os Media na Formação à Distância


O tema fornecido para análise remete-nos para o uso dos media no processo de aprendizagem online. Este é visto como "um instrumento de cooperação, colaboração e comunicação". (Fahy, 2008, p.1).
A utilização das tecnologias nos vários contextos económico e sócio-culturais  promove a aproximação dos intervenientes sem que seja necessário uma interacção presencial.
Muito se tem discutido sobre o possível isolamento do estudante integrado no ensino à distância, o qual não corresponde à verdade. Os media permitem a comunicação/interação, reduzindo assim a distância transacional. 
Como referem Santoro, Borges e Santos (2004), "a principal função dos meios de comunicação [é]:  coordenação, cooperação e co-construção." (Fahy, 2008, p.3).
No seio de uma comunidade de aprendizagem, os indivíduos interagem socialmente entre si, através das ferramentas de comunicação que compõem o ensino online, resultando assim numa aprendizagem de qualidade. Ao promover o desenvolvimento individual e colectivo, estas ferramentas diminuem a distância transacional, na medida em que esta não é sentida por todos os alunos. Na verdade, esta distância é   de carácter particular, pois permite uma diversidade de formas e de ferramentas de interação. Para que a interação obtenha o resultado pretendido, é preciso ser ajustada, tendo em conta as necessidades e preferências de cada um.
No ensino à distância, o aluno deve possuir determinadas competências, entre elas a autonomia. Esta autonomia permite-lhe a utilização correta das ferramentas disponíveis. Outra competência requerida é a maturidade, normalmente observada em alunos com mais qualificações.
Para que o percurso dos intervenientes neste ambiente de aprendizagem resulte em sucesso, o maior contributo vem do uso adequado dos meios de comunicação, complementado pela orientação dada pelo professor-moderador, assim como o modo como este transmite os conteúdos, tendo em conta as capacidades individuais do estudante, promovendo assim uma aprendizagem colaborativa e cooperativa.  
Os estudantes online podem não possuir ou não querer ter o mesmo grau de autonomia ou de auto-suficiência no seu percurso de aprendizagem. A compreensão dos conceitos não é suficiente, é necessário saber articulá-los por escrito. Os alunos online necessitam de um ambiente propicio para que possam desenvolver as suas capacidades, alcançando assim os seus objetivos pessoais, contando essencialmente com a ajuda das ferramentas tecnológicas. Como foi já referido, a aprendizagem online não é um processo isolado, antes pelo contrário, é um processo que requer a colaboração de todos os intervenientes através do diálogo/interação. O diálogo tem de ter fornecer algo que possa contribuir para a construção do conhecimento. O professor desempenha o papel de facilitador, promovendo a colaboração dos alunos na participação nos diversos fóruns de discussão.
Quer num ambiente online, quer num ambiente presencial, a interação torna-se num instrumento essencial à aprendizagem.
Com base nos dados fornecidos na investigação, confirma-se que o mais importante é o uso adequado que o aluno faz das ferramentas de comunicação, contando com o apoio de professores que dominem estas ferramentas.


Bibliografia:
Fahy, P. (2008). As Características dos Meios de Aprendizagem Interativa Online. Athabasca University. Tradução de: Maria Francisco, Paulo Sopa, Catarina Oliveira, Liliana Vidal, Maria Clara Pereira.
Retirado em Abril 16, 2013 de
http://www.moodle.univ-ab.pt/moodle/mod/resource/view.php?id=2609562